A vila turística de Vilanculos, no extremo norte da província de Inhambane, celebrou as bodas de ouro na passada sexta-feira com as lamentações e os problemas de sempre.
Os discursos dos governantes contradizem o que milhares de munícipes vivem. A deficiência nos serviços básicos, a falta de água potável, de vias de acesso, a falta de iluminação pública, de salas de aulas, a degradação da marginal são os problemas que a vila enfrenta.
Abastecimento de água
O abastecimento de água potável na vila de Vilanculos é deficiente. Nas torneiras, o líquido só jorra das 16 às 8 horas do dia seguinte. Durante o dia, nas torneiras não sai água.
Rafael Guerra, residente na vila de Vilanculos, disse que armazenar água para utilizar ao longo do dia é o principal objectivo.
“Ao longo do dia não sai água. Para conseguir preparar alimentos, limpeza, banho, entre outras actividades que necessitam de água, é uma enorme ginástica”, disse.
No intervalo em que a água jorra, a maior parte dos residentes tem estado ocupada com actividades do rendimento familiar, como, por exemplo, a pesca, o comércio informal e a machamba.
Iluminação pública
Alguns bairros ainda aguardam pela chegada da rede eléctrica. As únicas vias que têm iluminação pública são a Av. Eduardo Mondlane e a via que dá acesso ao aeroporto, saindo da praça da OMM. Só estão iluminadas as ruas que dão acesso às residências dos governantes e às casas de pasto.
Município promete melhores dias
O presidente do Conselho Municipal de Vilanculos, Abílio Machado, disse que, com a ajuda da sua equipa e parceiros, já estão a envidar esforços para prestar melhores serviços aos munícipes.
“Estamos a trabalhar para melhor servirmos os cidadãos residentes nesta vila”, disse.