Os transportadores semicolectivos de passageiros que operam no troço Albasini – Praça dos Combatentes paralisaram ontem as actividades, em protesto contra a sua transferência do bairro de Albasini para a Grande Maputo.
Esta mudança não agradou aos chapeiros porque, segundo os operadores semicolectivos de passageiros, ouvidos pelo Canalmoz, eles não foram consultados, e, além disso, a nova terminal fica um pouco distante em relação à antiga e isso diminui a margem de lucros para eles.
Conselho Municipal
O Conselho Municipal diz que a mudança visa acabar com os constantes engarrafamentos que se registam na terminal do Albasini, uma vez que os mesmos eram provocados pelos chapeiros, dado que, durante o processo de carregamento, inviabilizam a circulação normal de outras viaturas.
Segundo o Conselho Municipal, a nova terminal tem melhores condições pelo facto de possuir um espaço maior em relação à terminal do Albasini.
Consequentemente, muitas pessoas foram obrigadas a caminhar longas distâncias para poderem deslocar-se aos seus locais de trabalho ou a outros destinos, devido à crise de transporte.
Aliás, outras foram obrigadas a chegar atrasadas ou mesmo a faltar ao trabalho devido à falta de transporte para chegarem aos seus locais de trabalho.
FEMATRO e TPM não aderem
Os autocarros da FEMATRO e dos Transportes Públicos de Maputo foram autênticos salvadores por não terem aderido.
Mesmo com os autocarros da FEMATRO em circulação, diversas paragens dos transportes públicos continuavam cheias de pessoas que procuravam apanhar transporte.
O número de autocarros, tanto da FEMATRO como dos TPM, que opera naquela via não foi suficiente para resolver o problema, uma vez que a greve dos chapeiros agravou mais a crise de transporte público em diversos bairros da cidade de Maputo e do distrito de Marracuene.