Ratxide Gogo falava durante uma reunião popular em Furancungo, na sede distrital de Macanga, durante uma visita de trabalho no âmbito de governação aberta, onde apontou que a província de Tete tem um enorme potencial na produção de culturas diversas, bem como nas actividades pecuárias e piscícolas.
“É preciso acreditarmos em nós próprios que podemos fazer aquilo que trazemos de fora do país. É tempo de mudar a nossa maneira de pensar para libertarmos as nossas iniciativas e fazermos algo que sustente a nossa actividade e assim melhorarmos os índices de produção e produtividade” – disse Ratxide Gogo.
O governante de Tete exemplificou que um dos produtos mais apreciados é o peixe kapenta que é capturado nas águas do rio Zambeze, na sua albufeira em Cahora-Bassa.
“O peixe do rio Zambeze, sobretudo o pende, é bastante procurado e consumido por cidadãos dos países vizinhos como a República do Congo, Zâmbia, África do Sul, Suazilândia, entre outros” – disse Gogo.
Ainda no âmbito de aproveitamento e divulgação das potencialidades agrícolas, a empresa Vale promoveu no passado fim-de-semana uma feira comunitária em Moatize, em parceria com o Governo do distrito de Moatize e o município da vila de Moatize.
A acção visa oferecer oportunidades de mercado aos pequenos produtores da região de Moatize e arredores, através da venda de produtos agro-pecuários e artesanato, onde durante a exposição dos produtos foi feita igualmente a promoção da gastronomia local, assim como o intercâmbio entre os produtores sobre novas tecnologias de produção agrícola.
Entretanto, o gerente de Desenvolvimento Social da Vale, Abdul Adamo, disse, na ocasião, que esta iniciativa se enquadra na preocupação que a empresa tem de fortalecer a ligação entre os pequenos e médios produtores de carácter familiar e os grandes centros de consumo, incluindo as grandes empresas.
De salientar que a feira de Moatize contou com a participação de 10 expositores de produtos agro-pecuários e artesanato e a Vale prometeu que esta acção irá se realizar de duas em duas semanas no município da vila de Moatize e uma vez por mês na localidade de Cateme, para onde foram reassentadas as famílias retiradas das áreas operacionais daquela empresa mineradora.
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