De todos os produtos agrícolas vendidos naquele ponto, a batata-reno e a cebola são os únicos importados, de acordo com garantias dadas ao nossa fonte.
O facto, sinal de que os agricultores nacionais estão paulatinamente a se refazer dos danos das cheias registadas entre Janeiro e Fevereiro, contribui para a descida de preços de venda aos retalhistas, embora estes não se reflictam, na maior parte das vezes, nos consumidores finais.
Enquanto a caixa de 20 quilogramas de tomate, que chegou a atingir aproximadamente 600 meticais nos primeiros meses do ano, é agora vendida a uma média de 100 meticais, o quilograma de pimento abaixo de 20,00Mt, a cebola e a batata continua entre 150 e 280 e 160 a 200 meticais, respectivamente.
Moisés Covane, administrador do “Grossista” disse que nos dias que correm, se vive uma “fartura total”, que felizmente ainda não resultou em perdas, uma vez que os produtos que entram são imediatamente absorvidos.
Pelo menos 60 a 80 camiões de tomate produzidos no Chókwè, Catuane ou Moamba entram ao Zimpeto, sendo que 10 a 15 caimões de batata e cerca de 10 de cebola são importados da África do Sul.
A disponibilidade de produtos nacionais começou a aumentar em meados de Maio, altura em que começou a dividir espaço com as importações, tendo progressivamente passado para a dianteira.
Falando a nossa fonte, o administrador Covane disse que os preços altos da cebola e batata são justificados pelos importadores por supostos altos custos da cadeia desde a sua aquisição nas farmas sul-africanas até ao descarregamento no Zimpeto, passando pelo desalfandegamento e transporte.
A crise verificada nos últimos dois meses deveu-se à fraca produção a nível nacional, após as chuvas que devastaram as culturas no distrito de Chókwè, o maior produtor de frescos e a subida do preço do mesmo na vizinha África do Sul devido ao aumento da demanda.
Na altura, o Mercado Grossista do Zimpeto só recebia apenas cinco camiões de tomate por dia, contra os 25 necessários para abastecer o comércio retalhista daquelas duas urbes, bem como do distrito de Boane, província de Maputo.
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