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O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse haver uma forte necessidade de maximizar as oportunidades para minimizar as adversidades económicas e sociais que Moçambique continua a enfrentar, não obstante os progressos assinaláveis que o país alcançou nos últimos 20 anos.
Ban Ki-moon falava na conferência de imprensa conjunta havida na manhã desta terça-feira no final da audiência concedida pelo Chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, que teve como tónica dominante a revisitação do percurso do país, desde a assinatura, em 1992, do Acordo Geral de Paz e questões de ordem regional e internacional.
Segundo o Secretário-Geral, Moçambique figura entre as 10 economias de crescimento rápido no mundo, um feito digno de realce, porém tem ainda muitos obstáculos e desafios como é o caso da pobreza em índices ainda bastante elevados. Aliás cerca de 50 por cento da população vive abaixo da linha da pobreza com menos de um dólar por dia.
Todavia, o país possui os recursos que podem alimentar as expectativas dos moçambicanos a longo prazo, devendo, desta feita, maximizar esses recursos para minorar as vicissitudes nos domínios social e económico.
A fonte relembrou o início, em Abril último, da contagem decrescente rumo a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), daí a importância e a necessidade de os países renovarem as suas energias com vista a consumação das metas preconizadas.
“Estamos a menos de 100 dias até a data limite para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio e, como sabem, anunciamos em Abril a contagem decrescente”, disse Ban Ki-moon, anotando que os governos devem intensificar as suas acções com vista a sua concretização.
No capítulo dos ODM, o Secretário-Geral da ONU enalteceu os progressos registados pelo país nos domínios da promoção da educação, equidade do género e empoderamento, traduzidos no aumento do acesso para mais moçambicanas nos últimos anos.
Aliás, é fruto das conquistas nestes domínios que Ban Kin-moon convidou Armando Guebuza para emprestar a sua liderança na promoção da educação, convite aceite pelo estadista moçambicano.
Na ocasião, ele enalteceu os progressos assinaláveis que o país está a registar desde 1992, altura em que o país assinou o Acordo Geral de Paz, que a ONU desempenhou um papel de relevo para o seu alcance, pondo termo ao conflito armado que durou 16 anos.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, anfitrião da conferência de imprensa, disse que a preocupante questão do Madagáscar, em face do recente retrocesso, e a RDCongo também mereceram atenção no encontro entre as partes.
A RDCongo registou um reatamento das hostilidades no leste, protagonizados pelo M23, grupo armado que actua no leste e atacou recentemente a cidade de Goma.
Desta feita, quer durante a próxima cimeira da União Africana (UA), a ter lugar em Adis Abeba, quer em ocasiões posteriores, encontros visando dar um novo impulso a situação na RDCongo terão lugar.
Aliás, em relação ao assunto da RDCongo, o chefe da diplomacia moçambicana disse, por outro lado, que o país poderá enviar tropas para aquele país, estando num processo de equação das modalidades que vão nortear, mais tarde, o envio de “capacetes azuis”.
Ainda na manhã de hoje, o Secretário-Geral da ONU manteve um encontro com a Comissão Nacional dos Direitos Humanos, visitou a Escola Secundária Mateus Sansão Muthemba e no período de tarde será orador numa palestra subordinada ao tema “Adolescentes, Educação e a Preparação para o Futuro”.
RM