Economia Agricultura Zambezia – Gúruè: Investimento agrário cresce para 80 milhões de dólares

Zambezia – Gúruè: Investimento agrário cresce para 80 milhões de dólares

Embora sem precisar o volume global de investimentos realizados, o administrador distrital de Gúruè, Joaquim Pahare, que prestou esta informação aos membros do Conselho de Ministros que, recentemente, trabalharam naquele distrito disse que no total aquele investimento permitiu a exploração de 15 mil hectares para a produção de oleaginosas como soja, gergelim, girassol, milho, feijões e exploração da madeira nobre como o eucalipto.

De acordo com Joaquim Pahare, o sector privado está empolgado na produção das oleaginosas pelo facto de haver o mercado assegurado no pais e no estrangeiro, nomeadamente, Americana e Ásia onde há grande procura decorrente do crescimento e expansão industrial que precisa de matéria-prima.

No caso particular de Moçambique, segundo ainda Pahare, a produção das oleaginosas poderá, nos próximos tempos, espevitar o surgimento de indústrias de processamento de óleo alimentar e derivados, estes últimos como ração para os criadores de frangos.

Naquele distrito estão a operar grandes empresas que estão a fazer o fomento das oleaginosas. Trata-se de Rei do Agro, King Frango, MTB Infra Moçambique, Alif Química, Hoyo Hoyo, ATCF, Agromoz e Mutheko.

O administrador distrital afirmou que com o investimento feito foi possível criar mil empregos para homens, mulheres e jovens, facto que concorreu para a melhoria das condições sociais da maior parte das famílias das pessoas empregues.

Entretanto, o distrito de Gúruè, localizado na região norte da província da Zambézia, alcançou, na última safra agrícola, uma produção de 509 mil toneladas de produtos agrícolas diversos. Este volume representa um crescimento da produção agrícola na ordem de 25 por cento em relação à última safra em que o distrito tinha conseguido produzir 407 mil toneladas de produtos agrícolas diversos.

Zambezia - Gúruè: Investimento agrário cresce para 80 milhões de dólares

O distrito de Gúruè reivindica ganhos na comercialização dos excedentes agrícolas. Segundo dados apresentados pelo administrador Joaquim Pahare aos membros do Conselho de Ministros, o volume de produtos comercializados cresceu em 12 por cento uma vez que, o seu plano concebido era de 214 mil toneladas, mas no final da campanha tinham sido vendidas 233 227 toneladas de produtos diversos, com destaque para cereais, leguminosas e culturas de rendimento como o chá.

Recomendado para si:  INATRO em Gaza alerta para cumprimento das regras de trânsito após acidente fatal

De acordo ainda com aquele dirigente do nível distrital, o que aumentou o volume de produtos comercializados tem a ver com a criação de feiras agrícolas em várias localidades do distrito, onde os produtores têm a possibilidade de venderem a melhores preços.

“Estimulamos os produtores a comercializarem numa boa altura. Enquanto se juntam em feiras agrícolas, combinam a uniformização dos preços a praticar e isso reduz drasticamente a possibilidade de serem os compradores a fixarem preços”, disse Joaquim Pahare.

Entretanto, o Ministro da Energia, Salvador Namburete, que chefiava a delegação que esteve na província da Zambézia para se inteirar do grau de implementação das orientações presidenciais, ficou impressionado com os resultados agrícolas e o nível de investimento agrário que está a acontecer no distrito de Gúruè. Namburete, entende que apesar deste crescimento da produção, é importante o envolvimento dos extensionistas na transferência de tecnologias agrícolas, nomeadamente, a tracção animal e o melhor amanho dos solos para que as comunidades possam aumentar as áreas de produção e rendimentos, para tirar proveitos em termos da diversificação da renda familiar.

O Ministro da Energia disse, igualmente, que o executivo continuará a mobilizar mais o sector privado para fazer o investimento agrário no distrito de Gúruè, de forma a explorar o manancial dos recursos naturais existentes.

O turismo paisagístico e lacustre é uma das áreas pouco aproveitados para incrementar as receitas para o Estado, mas poucos ou quase nenhuns esforços têm sido feitos neste sentido.