A administradora de Marracuene, Maria Vicente, confirmou ao nosso Jornal que finalmente se encontrou a peça que diferenciava o motor danificado do novo, o que abriu caminho para o arranque da montagem.
Mostrou-se esperançosa num rápido reatamento da travessia através do batelão, que permite o transporte de pessoas, viaturas e demais bens em condições mais seguras e práticas, contrariamente ao cenário que se verifica desde a interrupção da circulação daquela embarcação.
Actualmente, é impossível cruzar o rio Incomáti de carro a partir de Marracuene e as pessoas o fazem por via de barcaças, que para além de inseguras, num curso de água doce com crocodilos, são mais caras e pouco práticas para o transporte de cargas volumosas.
No batelão, as pessoas pagam dois meticais contra os cerca de 30 meticais ou mais que chegam a desembolsar nos pequenos barcos para o seu transporte e de pequenas bagagens inevitáveis, considerando que os residentes de Macaneta abastecem-se em Marracuene.
Os que atravessaram com viaturas antes do batelão parar e que forçosamente precisam de deixar aquela zona turística percorrem cerca de 80 quilómetros, passando pela área da Açucareira da Maragra até desaguar na Estrada Nacional Número Um (EN1).
Parte significativa daquele percurso é em estrada lamacenta de trânsito difícil mesmo para viaturas com tracção às quatro rodas.
A melhor solução da avaria registada no motor seria a aquisição de um novo na África do Sul. Para tal tinha-se que desembolsar 800 mil randes, cerca de 2.8 milhões de meticais. Não se tendo o valor, optou-se por um motor usado similar.
Entretanto, tinha uma peça que não encaixava devidamente, o que atrasou o início da montagem.
Segundo Maria Vicente, esta solução é mais um paliativo para a travessia. A solução definitiva é a construção de uma ponte ligando as duas margens do Incomáti, o que se vai materializar no quadro da estrada circular de Maputo, cujas obras já estão em curso em vários troços.