“Lamentamos que 123 pessoas abandonaram o tratamento anti-retroviral por razões desconhecidas e este abandono aumentou as mortes para 178 pessoas vítimas da Sida, e, comparado ao período do ano passado, houve uma redução de 52,6 porcento” – disse Gogo.
Segundo aquele dirigente, o Governo está a envidar esforços para a redução de perda de vidas humanas vítimas da Sida, alertando as comunidades principalmente aos doentes para não abandonarem o tratamento anti-retroviral, situação essencial para a diminuição de óbitos por causa desta doença que ainda não tem cura no mundo.
“Temos de evitar que os nossos irmãos e irmãs abandonem o tratamento, queremos zero mortes por HIV/SIDA”, disse Ratxide Gogo.
A província é terceira com maior crescimento populacional do país e, segundo o governador Gogo, assiste-se actualmente a um acelerado crescimento económico e a população deve estar consciencializada que é possível acabar com a transmissão do HIV/SIDA de mãe para o filho.
Para tal, de acordo com Ratxide Gogo, o Governo quer um maior envolvimento de toda a sociedade civil na promoção da campanha para o uso do preservativo feminino, que dá mais autonomia às mulheres na prevenção do HIV/SIDA, tendo acrescentado que “contamos com a nossa juventude para espalhar a ideia de que a prática da circuncisão masculina é recomendável no âmbito da luta contra o HIV/SIDA”.
O governador de Tete apelou igualmente às comunidades religiosas, empregadores e famílias para que adoptem práticas positivas e tenham a liderança necessária para eliminar o estigma e discriminação, apoiando as pessoas que vivem com o vírus do HIV/SIDA.
“Este apelo para os diversos actores sociais serve para lembrar que as questões de saúde pública, em geral, e do HIV/SIDA, em particular, não são da exclusiva responsabilidade do Governo. Somente juntos é que vamos vencer este mal aqui em Changara, na província e no país, em geral”- sublinhou Gogo.
Entretanto, Domingos Viola, coordenador do Núcleo Provincial de Combate ao Sida em Tete, em contacto com a nossa Reportagem em Changara, disse que estar ou não infectado não é problema hoje no país, uma vez que já existe um tratamento embora não curativo, mas que retarda a morte dos portadores do HIV/SIDA.
“O verdadeiro problema é quando não sabemos o que é correcto fazer quando estamos infectados. O correcto é procurar o tratamento nas unidades sanitárias, pois cada um de nós tem a sua responsabilidade na luta contra o HIV/SIDA” – concluiu Domingos Viola, coordenador do Núcleo de Combate ao Sida na província de Tete.