Sociedade Educação Novos ingressos para 2013: MINED reconhece fraca participação nas matrículas

Novos ingressos para 2013: MINED reconhece fraca participação nas matrículas

A 18 dias para o final do processo de matrículas antecipadas para as crianças que pela primeira vez irão frequentar a escola em 2013, o Ministério da Educação veio a público ontem reconhecer que o processo está a experimentar fraca adesão dos pais e encarregados de educação.

Novos ingressos para 2013: MINED reconhece fraca participação nas matrículas
De acordo com Eurico Banze, porta-voz do MINED, que falava ontem em conferência de Imprensa, volvidos mais de 60 dos 90 dias desde que o pelouro abriu espaço para se matricularem todas as crianças que para o ano irão frequentar a 1.ª classe, do universo de milhão, 228 mil e 802 crianças por matricular, apenas foram inscritas 453.475 crianças, ou seja, 36,8 por cento a nível nacional. Estes números, segundo ele, estão muito abaixo daquilo que eram as expectativas do sector, uma vez que o processo caminha a passos largos para o seu final.

A título demonstrativo, e por província, o porta-voz do MINED disse que a cidade de Maputo é que está avançada, tendo matriculado até aqui 71 por cento do total dos alunos. Seguem-se as províncias de Cabo Delgado e Sofala, com 69,9 e 53,9 por cento, respectivamente. Nas posições cimeiras figuram Tete (43,5), Nampula (39,9), Niassa (38,5), Zambézia (38,4) e Maputo província (36,6). Nas três últimas posições encontram-se as províncias de Inhambane (29), Gaza (21) e Manica (19,9).

Apresentando as razões que estarão por detrás da fraca adesão ao processo de matrículas, Banze apontou três pontos. A primeira, segundo ele, está relacionada com a fraca divulgação do processo por parte das autoridades competentes. Sendo um processo novo, pouca gente está a par do mesmo, daí que muito mais devia ter sido feito para a sua divulgação.

“A segunda razão está relacionada com o facto de as matrículas terem iniciado a 1 de Outubro, mês em que grande parte da população está empenhada na campanha agrícola. Embora não tenhamos todas as causas devidamente identificadas, a terceira pode estar relacionada com o facto de Novembro ter sido um mês de realização de exames finais, onde todas as comunidades escolares estavam empenhadas em que o mesmo fosse realizado sem sobressaltos. Contudo, reiteramos que não é condição essencial levar as crianças com documentos. As pessoas podem fazer inscrição da matrícula sem qualquer documento, que os podem apresentar mais tarde” – disse.

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Por outro lado, Eurico Banze observou que os casos das províncias de Nampula e Zambézia são mais preocupantes, uma vez que juntas perfazem 556.995 crianças por matricular, quase metade do universo nacional da meta fixada para a primeira classe, mas que até aqui ainda não preencheram as vagas disponíveis.

“Decorridos dois meses deste processo e com os resultados que nos são presentes, mostramo-nos preocupados. Faltam poucos dias para findar o processo, daí que apelamos a todos os que ainda têm crianças por matricular para o fazerem rapidamente. A nossa intenção é ter todas as crianças que em 2013 completam seis anos de idade matriculadas” – apontou.

Refira-se que o MINED vinha realizando o processo de matrículas do primeiro ingresso em Janeiro mas, a partir deste ano, antecipou-o para 31 de Outubro a 31 de Dezembro, como forma de permitir que os pais e encarregados de educação disponham de mais tempo para inscrever os seus educandos. Igualmente, a intenção fundamental é conceder às escolas e aos professores mais tempo para organizarem as turmas e as cerimónias de abertura do ano lectivo.