`As instituições de ensino superior são convidadas a optar mais cursos neste sentido. Os cursos administrados têm que ter relevância e estejam ligados a desafios que, neste momento, o país está a enfrentar. Nós queremos que haja mais cidadãos a formarem-se em áreas estratégicas que possam alavancar o desenvolvimento do país. Também queremos que esses cursos tenham qualidade. Esse binómio qualidade e relevância continuará a actuar nos próximos tempos, dai que apostamos num ensino de qualidade, mas por si só não é suficiente´ disse.
Chilundo apontou ainda que houve um encontro com o Conselho de Reitores, que incorpora todas instituições de ensino superior, no sentido de os pôr a corrente desta necessidade, tendo todos eles manifestado a necessidade de se rever a Lei do ensino superior, duma forma compreensiva porque tem algumas lacunas. Assim, ao que explicou, o sector tem este grande desafio de rever a lei para que fique mais equilibrada e ajustada ao momento.
`Uma das lacunas que a lei actual apresenta tem a ver com o facto de existir três ciclos de formação. Não há consenso, por exemplo, da não existência de outros graus académicos durante o mestrado e o doutoramento. Como MINED temos estado a reconhecer os bacharelatos que são feitos fora de Moçambique e, provavelmente, precisamos desses graus académicos. Temos os nossos politécnicos e não precisam necessariamente de fazer a licenciatura. Poderemos ter bacharéis com competência e que possam responder as necessidades do mercado. Há outras questões que precisam ser revistas porque, na verdade, o que nós queremos é estar inseridos na região e não ficar fora dela, para que não olhem para nós com dúvidas relativamente aos graus académicos´explicou.
Entretanto, no que tange a expansão do ensino superior, Arlindo Chilundo disse pretender-se uma expansão responsável e não a qualquer preço, todo com qualidade. Foi ai que o decreto 48/2010 sobre o licenciamento e funcionamento das instituições de ensino superior foi criado com indicadores muito rigorosos para que não surjam instituições sem condições nenhumas de aprendizagem.
`As instituições tem que ter instalações próprias e docentes qualificados. Às que já existiam tem cinco anos para se conformar com espírito e letra desse decreto. É necessário investir muito em infra-estruturas académicas, salas de aulas, laboratórios e equipamentos necessários para o processo de ensino e aprendizagem e bibliotecas. A partir de 2015 o Governo não mais vai tolerar que elas funcionem sem condições´ afirmou Chilundo.