Internacional Africa Manifestantes lançam pedras contra dirigentes em Sidi Bouzid

Manifestantes lançam pedras contra dirigentes em Sidi Bouzid

Manifestantes lançam pedras contra dirigentes em Sidi Bouzid
Manifestantes lançaram pedras hoje(segunda-feira), contra o chefe de Estado tunisino Moncef Marzouki e ao presidente do parlamento Ben Jaafar, em Sidi Bouzid, onde se desenrolam as celebrações do segundo aniversário do início da revolução tunisina.

Os apedrejamentos começaram após um discurso de Marzouki e quando Ben Jaafar preparava-se para falar. O serviço da polícia rapidamente evacuou os dois dirigentes para a sede da prefeitura dessa região marginalizada do centro – oeste da Tunísia,
constatou um jornalista da AFP.

Gritando “o povo quer a queda do governo”, os manifestantes também invadiram o adro sobre o qual foi montado a tribuna onde o Chefe de Estado discursou.

A polícia não interveio, enquanto os confrontos entre manifestantes e polícias aumentam no país há vários meses.

Quando o presidente tunisino tomou a palavra, uma grande parte das 5.000 pessoas reunidas na praça gritavam “Fora, liberdade, liberdade”, um dos gritos de palavras de ordem da revolta que conduziu a queda do Zine El Abidine Ben Ali.

Vaiado, Marzouki prometeu progresso económico dentro de seis meses às pessoas de Sidi Bouzid, enquanto a pobreza e o desemprego já estão no centro das causas da revolta do inverno 2010/2011.

“Eu entendo essa raiva legítima, mas o governo diagnosticou o mal. Em seis meses, um governo estável será colocado e entregará os medicamentos para curar o mal do país, declarou.

Marzouki foi vaiado algumas horas antes, quando visitou o túmulo de Mohamed Bouazizi, o vendedor de rua que se imolou pelo fogo a 17 de Dezembro de 2010 em Sidi Bouzid, dando início a Primavera Árabe.

Os islamistas radicais estavam presentes em grande número, hoje (segunda-feira), na prefeitura de Sidi Bouzid, os militantes do partido Hizb Ettahrir, um movimento autorizado afirmando-se não -violento, agitavam bandeiras pretas ou brancas, estandarte do movimento salafista.

Os salafistas jihadistas são acusados de terem orquestrado vários surtos de violência desde Junho, incluindo o ataque à embaixada dos EUA em Tunis, a 14 de Setembro, à  margem de uma manifestação, no qual quatro assaltantes foram mortos.