«Estamos com um desequilíbrio forte entre a formação e a afectação dos graduados devido à crise financeira que afecta o MINED nos últimos dois anos. As nossas necessidades, por exemplo, para o ano lectivo de 2013 são de 6518 professores para todo o país e, neste momento, não temos capacidade financeira para contratar este número» – disse Mahalambe.
Relativamente ao melhoramento curricular de formação de professores, sobretudo para o nível primário, Feliciano Mahalambe referiu que está esboçado que até 2016 sejam concluídos e introduzidos em todos os estabelecimentos de formação de professores os cursos com o mínimo de três anos de duração para garantir o melhoramento da qualidade dos docentes.
«Já iniciamos a formação de professores com a 10ª classe e mais 3 anos de aprendizagem em matérias de ensino em alguns institutos de formação de professores no país e, paulatinamente, estamos a estender para outros estabelecimentos do género e até 2016 vamos concluir em todos os estabelecimentos de formação de professores» – disse Mahalambe.
O Director Nacional de Formação de Professores no Ministério da Educação disse que a batalha de melhoramento da qualidade do ensino no país deve partir dos estabelecimentos de formação de professores para garantir que, no final de cada curso, saiam quadros qualificados capazes de educar um homem cientifica e tecnicamente bem preparado para enfrentar os desafios do futuro do país.
«Queremos atingir em termos de qualidade de ensino o patamar dos países vizinhos e de outros deste planeta. Os nossos professores devem possuir a mesma qualidade e competir no mercado de emprego com outros países à nossa volta e porque não do mundo inteiro?» – realçou o Director Nacional de Formação de Professores no MINED.
Dirigindo-se aos docentes recém-formados, Feliciano Mahalambe afirmou haver necessidade de aperfeiçoar os seus conhecimentos através da elevação dos níveis de escolaridade, ensino à distância e trocas de experiências com outros professores há mais tempo na profissão.
“O professor é como um ferro que quando fica muito tempo no mesmo sítio enferruja-se e vocês que são novos devem transmitir os vossos conhecimentos aos outros que lá vão encontrar na fase de enferrujarem ou estagnar» – apelou Mahalambe.
Aquele responsável afirmou que o professor tem que se actualizar constantemente sobre o que se passa em seu redor, no mundo, através de aperfeiçoamento e capacitação, sendo que hoje no mundo moderno, com as tecnologias de informação e comunicação, há facilidades em quase todo o país para os professores efectuarem consultas de matérias, entre outros aspectos técnicos e profissionais.
«A qualidade do professor avalia-se pelo seu empenho de fazer moldar as pessoas, a sua maneira de ser e de fazer as coisas, pontualidade e um rigor permanente de disciplina e aprumo no sector de trabalho. Queremos que o nosso professor nos próximos tempos possua um padrão internacional de educador» – concluiu Feliciano Mahalambe.