Neste momento, de acordo com a fonte, maior parte da população sobrevive da comercialização de produtos pecuários, recorrendo à troca de animais por cereais, sabendo que Guro é um dos potenciais na produção de carne caprina, situando-se em segundo lugar depois do distrito de Tambara.
“De um modo geral, todo o distrito vive uma situação de fome mas as regiões mais críticas são as de Mandie e Nhamassonje. Embora seja preocupante, a situação de segurança alimentar está controlada uma vez que a população encontra alternativas para suprir as suas necessidades alimentares” – disse a administradora.
Para Deolinda Bengula e falando ao “Noticias”, além da queda irregular das chuvas, o distrito é ciclicamente afectado pela fome devido à aridez dos seus solos e às mudanças climáticas que estão a agravar o aquecimento, contribuindo negativamente para o crescimento das culturas.
O recurso às culturas resistentes à seca, as zonas baixas para hortícolas e a distribuição de sementes para a segunda época figuram entre as alternativas encontradas pelo Governo distrital de Guro para mitigar os efeitos negativos da fome que apoquenta aquelas populações.
Deolinda Bengula não fala de eventual apoio de emergência às populações afectadas pela penúria alimentar, afirmando que a situação está controlada. Sem revelar as famílias afectadas, Bengula precisou que todas as regiões do distrito registaram fraca queda pluviométrica e, consequentemente, baixos rendimentos agrícolas.
O distrito de Guro prevê produzir na presente safra 2012/2013, 27.8 mil toneladas de cereais, 2.08 de leguminosas, 11.81 de tubérculos, 7.49 de hortícolas e 9.65 toneladas de outras culturas alimentares. Em termos de plano, prevê-se que sejam cultivados 42.19 mil hectares de culturas diversas.