O “Notícias” soube no local dos factos que operadores privados há que, sem respeitar as regras estabelecidas para a montagem de tubagem de transporte de água potável, têm estado a ampliar a sua lista de clientela na cidade de Maputo.
Uma das cláusulas violadas determina que nenhum operador deve instalar sua tubagem numa rua em que exista aquele tipo de meio de distribuição de água potável.
Porém, parte dos empresários que exploram a água subterrânea nos bairros de Mahlazine, Bagamoyo e George Dimitrov ignoram aquele comando. A situação já está a criar um mal-estar entre os operadores.
Aliás, é tendo em conta a apresentação de reclamações pelos lesados que a AFORAMO decidiu agir. “Antes de retirarmos a tubagem contactamos os violadores para juntos encontrarmos uma solução amigável. Todavia, notamos que não há vontade em corrigir as irregularidades existentes. É assim que decidimos remover esta tubagem”, disse Marcos Simbine, chefe do Conselho Fiscal local da AFORAMO.
De acordo com a fonte, decidiu-se por vedar a colocação de tubagem pertencente a diferentes operadores, na mesma rua, pois notou-se no passado, que alguns empresários utilizam material de terceiros para servir seus clientes. Um dos casos detectados acabou sendo levado às autoridades policiais para resolução.
Ademais, aquela associação agiu no contexto do Regulamento de Pesquisa de Exploração de Águas Subterrâneas, aprovado pelo Decreto 18/2012, de 5 de Janeiro. Trata-se de um instrumento legal que regula o exercício das perfurações destinadas à exploração da água subterrânea para o consumo humano.
“Não estamos contra qualquer que seja o operador, mas não podemos permitir situações que atentam contra a organização que temos estado a fazer, em estreita coordenação com a Administração Regional de Águas do Sul (ARA-Sul) e o Fundo de Investimento e Património para o Abastecimento de Água (FIPAG)”, explicou Paulino Cossa, presidente da agremiação.
Não é a primeira vez que a AFORAMO toma aquela medida. Num passado recente, fiscais da associação retiraram milhares de condutas montadas de forma irregular nos bairros de Zona Verde, Ndhlavela e São Dâmaso, no município da Matola.
Em consequência da medida tomada, as partes irão realizar hoje uma reunião, de modo a encontrar formas de ultrapassar o problema. Por isso, no dia de ontem os fiscais da AFORAMO haviam suspendido a retirada da tubagem colocada ilegalmente.