Segundo Cecília Cumbe, uma das vítimas do incidente de terça-feira, só foi possível recuperar um saco de cebola e alguns artigos vestuários que ainda não haviam sido levados pelas correntes do rio.
“De repente vimos a água invadir a casa e arrastar consigo as paredes de dois compartimentos e tudo o que havia lá dentro . Só conseguimos reaver cebola e alguns cobertores., porque o resto foi levado pela chuva”, conta Cecília.
A infelicidade também bateu a porta do casal Novela e seus cinco filhos que perderam três quartos, viram a varanda dividida pela metade e diversos bens serem transportados pelas correntes que desaguaram no Mulaúzi.
“Este incidente foi resultante da baixa capacidade de escoamento duma pequena vala, que fez com que a água invadisse as duas casas a partir do solo e causando destruíção”, explicou Ricardo Novela, residente numa das casas afectadas pelo infortúnio.
O chefe do quarteirão 9 naquele bairro, Augusto Taiane, disse ao ” Notícias” que o deficiente sistema de escoamento de água naquela zona é antigo e que as estruturas locais buscam uma solução que seja definitiva.
“Trata-se de uma zona de risco, propensa á ocorrência deste tipo de problemas. Já há algum tempo fizemos o levantamento das pessoas que deviam ser retiradas, mas até aqui nada foi avançado pelas estruturas municipais”, avançou.
Uma equipa do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), na província de Maputo, deslocou-se na manhã de ontem ao local do incidente a fim de apurar a situação das vítimas e o tipo de apoio a ser prestado.