Sociedade Chuva no Infulene: Duas famílias ficam sem tecto

Chuva no Infulene: Duas famílias ficam sem tecto

Dez pessoas ficaram sem tecto, no quarteirão 9, célula “B”, no bairro Vale de Infulene, após suas residências serem arrastadas pela água da chuva registada na manhã de terça-feira na cidade e província de Maputo.
Chuva no Infulene: Duas famílias ficam sem tecto
Foram duas famílias que viram seus bens, paredes de suas casas e produtos alimentares desaguarem nas valas de drenagem de Mulaúzi, a mais de 500 metros das suas residências e uma viatura enterrada numa cratera aberta pelas águas.

Segundo Cecília Cumbe, uma das vítimas do incidente de terça-feira, só foi possível recuperar um saco de cebola e alguns artigos vestuários que ainda não haviam sido levados pelas correntes do rio.

“De repente vimos a água invadir a casa e arrastar consigo as paredes de dois compartimentos e tudo o que havia lá dentro . Só conseguimos reaver cebola e alguns cobertores., porque o resto foi levado pela chuva”, conta Cecília.

A infelicidade também bateu a porta do casal Novela e seus cinco filhos que perderam três quartos, viram a varanda dividida pela metade e diversos bens serem transportados pelas correntes que desaguaram no Mulaúzi.

Recomendado para si:  Governo cria Força-Tarefa para enfrentar a crise de financiamento no sector da saúde

“Este incidente foi resultante da baixa capacidade de escoamento duma pequena vala, que fez com que a água invadisse as duas casas a partir do solo e causando destruíção”, explicou Ricardo Novela, residente numa das casas afectadas pelo infortúnio.

O chefe do quarteirão 9 naquele bairro, Augusto Taiane, disse ao ” Notícias” que o deficiente sistema de escoamento de água naquela zona é antigo e que as estruturas locais buscam uma solução que seja definitiva.

“Trata-se de uma zona de risco, propensa á ocorrência deste tipo de problemas. Já há algum tempo  fizemos o levantamento das pessoas que deviam ser retiradas, mas até aqui nada foi avançado pelas estruturas municipais”, avançou.

Uma equipa do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), na província de Maputo, deslocou-se na manhã de ontem ao local do incidente a fim de apurar a situação das vítimas e o tipo de apoio a ser prestado.