Simango, que falava no sábado, dia em que a cidade celebrou 125 anos da sua elevação a categoria, reconheceu que a autarquia continua a debater-se com vários problemas, desde a gestão de resíduos sólidos, manutenção das vias de acesso, degradação dos sistemas de drenagem e esgoto, transportes de passageiros, entre outros.
“Na cidade de Maputo, apenas 30 a 33 por cento dos munícipes contribuem com diferentes taxas, mas ainda estamos longe do desejável. Por exemplo, ao nível do imposto predial, apenas 30 mil das 150 mil casas existentes pagam impostos”, afirmou.
Acrescentou, que no caso do manifesto automóvel, das 300 mil viaturas existentes apenas 105 mil pagaram esta taxa até a última sexta-feira.
Segundo Simango, estes exemplos mostram que a Edilidade ainda enfrenta muitos desafios de organização e de consciencialização dos munícipes, no sentido de estes cumprirem com os seus deveres de contribuintes.
“Chegou a altura de contar com as próprias forças para garantir a sustentabilidade financeira e económica do município e reduzir ainda mais a dependência externa”, referiu.
Sobre as festividades dos 125 anos, o presidente do município disse que o grande desafio é a redução da pobreza e eliminação da diferença entre a cidade urbana e as zonas periféricas.
Afirmou que o dia de cidade abre uma nova etapa que exige trabalho árduo e preservação da paz e que no futuro se fale da pobreza como algo que faz parte do passado, sobretudo a pobreza urbana que é mais agressiva.
Para além de diversas actividades culturais e desportivas, a festa dos 125 anos da cidade de Maputo foi marcada pela deposição de uma coroa de flores no monumento em homenagem aos heróis moçambicanos, uma cerimónia dirigida por David Simango.
Este ano as festividades da cidade capital tiveram como patrono o Standard Bank e celebraram-se sob o lema “Maputo 125 anos: celebrando a diversidade rumo ao desenvolvimento”.