Sociedade Educação Instituto Agrário do Chimoio volta a ser referência nacional

Instituto Agrário do Chimoio volta a ser referência nacional

O Instituto Agrário do Chimoio(IAC), na província de Manica, foi num passado recente uma referência nacional no processo de formação de especialistas em agro-pecuária. No entanto, depois adormeceu, tendo entrado num período menos bom.
Instituto Agrário do Chimoio volta a ser referência nacional
Depois deste período, de há três anos a esta parte, aquele estabelecimento do ensino técnico-profissional vem ensaiando o regresso aos tempos que o caracterizou como um dos melhores na formação de quadros agrários, pecuários e outros ligados à área da fauna bravia.

Este ano e como forma de repor a verdade histórica, o IAC graduou pouco mais de 80 especialistas, no âmbito da Reforma da Educação Profissional. São especialistas agro-pecuários, florestais e de fauna bravia formados com base em padrões de competência.

A formação foi executada dentro do Programa Integrado da Reforma da Educação Profissional  (PIREP), tendo o Instituto Agrário do Chimoio sido seleccionado como a instituição piloto para implementar as qualificações.

Segundo Fernando Silva, director do IAC, a instituição revela-se como um dos melhores do país, onde a produção é um facto. O que não falta, ao que explicou, é dedicação, empenho e criatividade de modo a forjar, a cada fornalha, graduados com mais qualidade para contribuir para o aumento da produção e produtividade agrárias e para a erradicação da pobreza.

No presente ano lectivo, o IAC conta com 400 estudantes assistidos por pouco mais de quatro dezenas de professores, alguns dos quais estrangeiros. O IAC possui um rico campo agrícola onde produz milho, mandioca, tabaco, couve, cenoura e muito mais. Possui ainda uma rica manada de animais, contando-se com mais de 80 cabritos e ovelhas, trinta bovinos, mais de dois mil frangos para o abate e galinhas poedeiras para a produção de ovos.

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O IAC foi contemplado, em 2006, pelo Governo, com um amplo Programa da Reforma da Educação Técnico Profissional, visando transformar o actual sistema baseado na oferta, para um novo orientado pela demanda do mercado de emprego e privilegiando a participação de vários parceiros sociais. Volvido este tempo, os resultados do PIREP são visíveis e começa a introduzir profundas mudanças na abordagem, concepção e funcionamento na área da Educação Profissional.

Estas mudanças consubstanciam, fundamentalmente, na criação de um quadro nacional de qualificações, alinhado com a introdução de uma nova abordagem de aprendizagem, onde se potencia o saber ser, saber estar e saber fazer, pressupostos fundamentais para dotar os recursos humanos de habilidades e capacidades para intervirem, de forma sábia e criativa, no combate à pobreza e promoção de uma economia nacional cada vez mais robusta e competitiva.

Jornal Notícias/NMO