Sociedade Saúde Inspecção detecta várias irregularidades no sector da Saúde em Inhambane

Inspecção detecta várias irregularidades no sector da Saúde em Inhambane

Inspecção detecta várias irregularidades no sector da Saúde em Inhambane

Um relatório da Inspecção Provincial da Saúde (IPS) de Inhambane reporta um mar de irregularidades no sector da Saúde, desde mau atendimento dos utentes das unidades sanitárias, roubo de medicamentos nos hospitais e nas farmácias públicas, corrupção nos centros de formação de saúde, passando pelo desvio de dinheiro nos cofres do Estado, até a ratos que roem medicamentos nos armazéns.

O relatório foi elaborado pela Inspecção Provincial de Saúde de Inhambane e entreguem ao Director Provincial do pelouro, Naftal Matusse. O Canalmoz está na posse de uma cópia.

O documento de 24 paginas traz as “principais constatações das actividades inspectivas da IPS no período 2011 a primeiro semestre de 2012”.

Nas unidades sanitárias

Nas unidades sanitárias, o relatório destaca o mau atendimento aos doentes, furto de medicamentos com envolvimento dos funcionários, falsificação de receitas médicas para  desvio de medicamentos nas farmácias até a situações de doentes mandados capinar nas unidades sanitárias.

Nos centros de formação

Aqui os inspectores dizem que “não há observância dos critérios de admissão, falta cumprimento dos planos de estudo, há incumprimentos da carga horária, falta acompanhamentos dos alunos no campo de estágio, não há confirmação dos certificados de habilitações e falta clareza nos processos da atribuição de bolsas de estudos”.

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Nas farmácias

As inspecções constataram casos de não preenchimento das fichas de controlo da saída de medicamentos, falta de higiene e limpeza nos depósitos de medicamentos, falta de sistemas de frio, existência de ratos nas farmácias, alguns medicamentos mal conservados, adulteração do preço de venda de medicamentos, consumo de cigarros no interior das farmácias, entre outras irregularidades.

Área financeira

Na área financeira, o trabalho da inspecção apurou existência de despesas sem autorização do ordenador, despesas pagas em numerário, má gestão de fundos, pagamentos de ajudas de custos sem realização da actividade, pagamento de produtos não fornecidos, despesas feitas sem proposta nem requisição, uso de bens do Estado para fins pessoais, desvio de bens, aquisição de bens em nome do Estado para fins pessoais, uso indevido de viaturas, destruição de viaturas do Estado, abastecimento de viaturas não pertencente ao Sistema Nacional de Saúde.

Ainda no sector financeiro o documento diz que cerca de 359.056,95 meticais foram desviados dos cofres do Estado no período entre 2011 e primeiro semestre de 2012.