Curiosamente, nem a direcção do instituto nem o sector de saúde dão explicação plausível àqueles docentes sobre o que está a acontecer.
Os referidos professores eventuais que estão privados dos seus salários desde o mês de janeiro a esta parte leccionam as cadeiras de metodologia de investigação, Química orgânica, metodologia de ensino, psicologia geral e desenvolvimento, administração hospitalar, pediatria, Botânica e anatomia.
Neste momento, o instituto de ciências de saúde de Quelimane tem em formação um total de 650 estudantes, provenientes de diversos pontos do país, nos diferentes cursos, designadamente, Enfermagem Geral, Saúde Materno-Infantil, Laboratório, Farmácia, Especialização em Ensino, Medicina Preventiva e Saneamento do Meio.
Em conversa com vários docentes eventuais daquele centro de formação de enfermeiros, explicaram ao O País que cada um tem contrato assinado para receber dinheiro a tempo e hora. Segundo os mesmos, o problema da falta de pagamento dos seus salários pode ser da responsabilidade da direcção da saúde daquela província.
“Porque é que a direcção provincial de saúde não descentraliza o processo de pagamento de salários para o instituto?”, questionou um dos professores, na condição de anonimato, por temer possíveis represálias por parte dos seus superiores hierárquicos. O mesmo docente apelou a quem de direito para que, urgentemente, solucione o problema, pois há responsabilidades familiares que dependem dos ordenados.