Sociedade Educação Estudantes da Mussa Bin Bique entram em greve

Estudantes da Mussa Bin Bique entram em greve

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Volvidas duas semanas, nas quais 26 docentes do curso de Direito paralisaram as aulas na sequência da falta de pagamentos de dois meses de salários por parte da direcção da universidade Mussa Bin Bique, em Quelimane, referente aos meses de Fevereiro e Março, eis que a situação agora se alastra, afectando os outros cursos, designadamente, Gestão e Contabilidade, Inglês e Moral islâmica e Ciências Agrárias.
A medida visa, igualmente, pressionar a direcção daquela universidade com vista a liquidar as dívidas em causa.

Outrossim, para além dos docentes, os estudantes também resolveram desencadear uma greve desde segunda-feira última. Neste sentido, um grupo de 47 estudantes elaborou uma carta reivindicativa, que dentre vários pontos visa cancelar as aulas e o pagamento de propinas para todos os cursos ministrados naquele estabelecimento de ensino superior, até que seja ultrapassado o imbróglio.

Na referida carta, os estudantes solicitam a presença dos verdadeiros patronos da universidade, bem como a apresentação do legítimo reitor, visto que Francisco Alar encontra-se, alegadamente, envolvido em problemas ligados à má gestão da Mussa Bin Bique.

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De acordo com Jovito Francisco, presidente da associação dos estudantes da universidade, na delegação de Quelimane, o protesto dos estudantes vai acontecer todos os dias no período da manhã, até que seja trazida a dignidade da instituição. “A instituição está a ser disputada por duas correntes que, em algum momento, não lutam para questões académicas, mas sim pelo dinheiro”.

Jovito Francisco explicou que, em menos de duas semanas, a universidade foi surpreendida por José Gilberto, director científico da instituição, e Rui Catoma, assessor jurídico, que se deslocaram a Quelimane idos de Nampula, onde destituíram a direcção interina, com objectivo de repor a legalidade. Esta semana chegaram também Faruk Badat, presidente da Assembleia-Geral do Centro de Formação Islâmica (CFI), e Adinando Ibrahimo, vogal daquele organismo.