A medida visa, igualmente, pressionar a direcção daquela universidade com vista a liquidar as dívidas em causa.
Outrossim, para além dos docentes, os estudantes também resolveram desencadear uma greve desde segunda-feira última. Neste sentido, um grupo de 47 estudantes elaborou uma carta reivindicativa, que dentre vários pontos visa cancelar as aulas e o pagamento de propinas para todos os cursos ministrados naquele estabelecimento de ensino superior, até que seja ultrapassado o imbróglio.
Na referida carta, os estudantes solicitam a presença dos verdadeiros patronos da universidade, bem como a apresentação do legítimo reitor, visto que Francisco Alar encontra-se, alegadamente, envolvido em problemas ligados à má gestão da Mussa Bin Bique.
De acordo com Jovito Francisco, presidente da associação dos estudantes da universidade, na delegação de Quelimane, o protesto dos estudantes vai acontecer todos os dias no período da manhã, até que seja trazida a dignidade da instituição. “A instituição está a ser disputada por duas correntes que, em algum momento, não lutam para questões académicas, mas sim pelo dinheiro”.
Jovito Francisco explicou que, em menos de duas semanas, a universidade foi surpreendida por José Gilberto, director científico da instituição, e Rui Catoma, assessor jurídico, que se deslocaram a Quelimane idos de Nampula, onde destituíram a direcção interina, com objectivo de repor a legalidade. Esta semana chegaram também Faruk Badat, presidente da Assembleia-Geral do Centro de Formação Islâmica (CFI), e Adinando Ibrahimo, vogal daquele organismo.