Pelo menos 50 pessoas perderam a vida devido a um incêndio que irrompeu num barco de migrantes ao largo da costa da Líbia, conforme anunciado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).
A OIM expressou a sua profunda consternação pela trágica perda de vidas, tendo indicado que o incidente ocorreu a 14 de Setembro e envolveu um navio que transportava 75 refugiados sudaneses. A agência das Nações Unidas, através de uma mensagem nas redes sociais, enfatizou a gravidade da situação.
Ainda segundo a OIM, foram prestados “cuidados médicos vitais a 24 sobreviventes”, destacando a urgência de implementar medidas que possam evitar novas tragédias no mar Mediterrâneo.
A rota utilizada pelos migrantes no Mediterrâneo central é considerada uma das mais perigosas do mundo, com partida principalmente do Norte de África, nomeadamente da Tunísia e da Líbia, em direcção a Itália. Em 2023, a OIM reportou que 876 pessoas já morreram ou desapareceram no mar nesta rota.
Desde o começo do ano, o número de migrantes e refugiados que perderam a vida no Mediterrâneo central eleva-se a 816, totalizando 1.225 mortes em todo o Mediterrâneo, sendo que cerca de 300 continuam desaparecidos. A OIM sublinha que os dados disponíveis são baseados em informações oficiais, mas admite que o número real pode ser ainda mais elevado.