Kim Keon Hee, ex-primeira-dama da Coreia do Sul e esposa do ex-presidente Yoon Suk Yeol, foi presa na terça-feira (12), sob acusações de tráfico de influência, pagamento de propina e fraude em acções.
As investigações apontam que a detida terá favorecido grupos religiosos em troca de benefícios pessoais.
O promotor responsável pelo caso revelou que Kim Keon Hee nega todas as acusações que lhe são imputadas. A ex-primeira-dama já tinha sido submetida a intensos interrogatórios, que se prolongaram por várias horas na semana anterior à sua detenção. Um mandado de prisão foi emitido no dia seguinte aos depoimentos, justificado pelo receio da promotoria de que a detida pudesse destruir provas relevantes para o caso.
Entre as acusações graves, Kim é acusada de ter recebido duas bolsas da marca de luxo Chanel, avaliadas em 14,5 mil dólares, bem como um colar de diamantes, que teriam sido oferecidos como forma de propina. Estes bens seriam a contrapartida por sua alegada actuação em benefício dos interesses comerciais de grupos religiosos.
O seu marido, Yoon Suk Yeol, que foi destituído do cargo após uma tentativa de impor um estado de excepção no país, enfrenta várias acusações criminais, incluindo insurreição. Em 3 de Dezembro de 2024, Yoon declarou a Lei Marcial, que restringia liberdades políticas e conferia poder aos militares, mas a medida foi revogada por ele apenas seis horas depois, devido à falta de apoio.
As acusações contra o ex-presidente poderão resultar em penas severas, incluindo prisão perpétua ou até pena de morte.
