Cerca de 200 quilogramas de cannabis sativa, popularmente conhecida como “suruma”, foram apreendidos no posto de controlo de Nboza, situado no distrito de Moatize.
Este contrabando, destinado ao mercado ilegal, poderia render à rede criminosa um valor aproximado de seis milhões de meticais.
A droga estava disfarçada em um transporte semi-colectivo de passageiros que realizava um percurso interdistrital. Camuflada em fardos de roupa, os envolvidos tentaram fazer crer que se tratava de “vestuário da calamidade”, supostamente destinado ao distrito de Angónia. O motorista e o cobrador do veículo foram detidos, enquanto os proprietários da mercadoria permanecem em fuga.
Celina Roque, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), esclareceu à imprensa que a cannabis tem origem no Reino de Eswatini e tinha como destino final o distrito de Angónia. A apreensão foi resultado de acções de revista levadas a cabo pelas autoridades no local.
“O crime de tráfico de drogas é frequentemente perpetrado por redes formadas por várias pessoas, cada uma com um papel específico. Embora os detidos afirmem ser apenas transportadores, as investigações realizadas indicam o seu envolvimento directo na actividade criminosa”, afirmou Roque.
Os suspeitos, em sua defesa, alegam não fazer parte de qualquer rede criminosa, sustentando que aceitaram transportar uma encomenda entregue por um cliente no terminal rodoviário da cidade de Tete, com destino a uma pensão na Vila de Ulónguè. Afirmam ter disponibilizado ao SERNIC todos os contactos relacionados com o remetente e consideram ter sofrido prejuízos significativos, uma vez que foram obrigados a transferir os passageiros para outros veículos, sendo o respectivo mini-bus também apreendido.