O Conselho Regional de Águas do Sul de Moçambique (ARA-Sul) emitiu um alerta sobre uma alteração significativa na cor da água do Rio Limpopo, situada na província meridional de Gaza, que sugere uma possível contaminação.
Em comunicado, a ARA-Sul recomendou que “a água não deve ser consumida directamente”.
A coloração verde que se observa ao longo do Rio Limpopo, desde áreas riverenses nos territórios da África do Sul, Botswana e Zimbabwe, estende-se até regiões a jusante em solo moçambicano. Os técnicos dos países que partilham a gestão da bacia do Limpopo estão a recolher amostras de água em pontos estratégicos, com o intuito de realizar análises em laboratórios credenciados.
A ARA-Sul advertiu que, enquanto as investigações laboratoriais decorrem, a água do rio não deve ser utilizada para consumo humano, irrigação ou para abastecimento de gado. “Qualquer anomalia observada no rio deve ser imediatamente comunicada às autoridades competentes. Com esta medida, pretendemos reforçar o nosso compromisso na protecção dos recursos hídricos e na segurança das comunidades ribeirinhas. Continuaremos a disponibilizar informações actualizadas à medida que os dados forem conhecidos”, referiu o comunicado.
Entretanto, autoridades sul-africanas, citadas pela imprensa local, garantiram que os resultados das análises laboratoriais realizadas a 15 de Julho, sobre amostras de água do Limpopo, apresentaram resultados negativos, confirmando que a água é segura para consumo.
O Rio Limpopo, com aproximadamente 1.600 quilómetros de extensão, é o segundo maior da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e abrange uma bacia de cerca de 415.000 quilómetros quadrados. O rio é uma fonte de água vital para milhões de pessoas que habitam Moçambique, África do Sul, Botswana e Zimbabwe.