Os ex-guerrilheiros da Renamo, que exigem o afastamento do actual líder, Ossufo Momade, anunciaram na segunda-feira (14), a retomada do encerramento das sedes do partido. Este anúncio surge após um período de 20 dias de trégua.
João Machava, porta-voz do grupo, afirmou que a decisão de fechar as estruturas partidárias visa pressionar a direcção da Renamo a convocar um Conselho Nacional alargado, conforme previsto nos estatutos internos do partido. Machava destacou que, durante a trégua, “não houve nenhum movimento de aproximação para um diálogo da parte das representações do partido”.
“As delegações em todos os níveis voltarão a encerrar até à realização do Conselho Nacional alargado, onde deverá resultar a demissão do presidente do Renamo, Ossufo Momade”, declarou.
Além disso, o grupo de ex-guerrilheiros afirmou que continua sem resposta às cartas enviadas ao Comando-Geral da Polícia e ao Ministério da Administração Estatal, nas quais relataram alegadas ameaças dirigidas aos seus membros. Os desmobilizados advertiram que, nos próximos sete dias, poderão anunciar novas acções, caso não haja progressos no processo de diálogo interno.