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Último relatório sobre acidente aéreo que vitimou o vice-presidente do Malawi é divulgado

O Departamento Federal de Investigação de Acidentes Aeronáuticos da Alemanha divulgou, recentemente, o relatório final sobre o trágico acidente aéreo que causou a morte do vice-presidente do Malawi, Saulos Chilima, e de outras oito pessoas. 

Este documento revela falhas críticas na manutenção da aeronave e na aptidão dos pilotos, levantando preocupações sobre a responsabilidade e supervisão nas operações da aviação militar do país.

A investigação concluiu que a aeronave que transportava o vice-presidente não estava em condições adequadas para o voo, apresentando problemas de manutenção documentados que não foram resolvidos. A certificação de aeronavegabilidade encontrava-se desactualizada, e falhas mecânicas recorrentes haviam sido repetidamente assinaladas nos registos de manutenção, sem que fossem implementadas medidas correctivas suficientes.

Os investigadores ainda destacaram que o Departamento de Serviços Meteorológicos não forneceu informações meteorológicas sobre a rota planeada, contrariando os padrões estabelecidos pela Organização da Aviação Civil Internacional. Os factores que contribuíram para o acidente incluem a decisão de prosseguir com o voo em baixa altitude e em condições climáticas adversas, bem como a falta de consciência situacional e uma preparação inadequada antes do voo.

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O relatório também apontou que o Transmissor Localizador de Emergência não estava em funcionamento há mais de 20 anos, um facto conhecido pelas Forças de Defesa do Malawi. Além disso, o co-piloto não fez nenhuma anotação no Transmissor Localizador de Emergência de campo no plano de voo.

Em resposta às conclusões do relatório, o Departamento Federal de Investigação de Acidentes Aeronáuticos da Alemanha fez um apelo ao director-geral da Autoridade de Aviação Civil para garantir que os provedores de serviços de navegação aérea e os operadores de aeroportos registem dados de radar e tráfego de rádio, mantendo-os arquivados por um período mínimo de 30 dias.

O relatório recomenda ainda que o Comandante da Força Aérea do Malawi assegure que os dados aeromédicos de cada membro da tripulação estejam actualizados e que cópias dos certificados mais recentes sejam guardadas nas respectivas unidades militares. A segurança nas operações de cada aeronave também deve ser uma prioridade.