O Sudão enfrenta uma situação alarmante com a rápida disseminação da cólera, registando mais de mil novos casos diariamente.
Este surto ocorre num contexto de fragilidade, exacerbado por conflitos armados e o colapso do sistema de saúde do país.
As regiões mais afectadas incluem Kassala, Gedaref, Rio Nilo, Al Jazirah e a capital, Cartum. A propagação da doença é atribuída à escassez de água potável e à falta de saneamento básico, factores críticos que agravam a crise de saúde pública.
Organizações humanitárias, como os Médicos Sem Fronteiras, alertam para a necessidade de uma resposta urgente e coordenada, uma vez que as unidades de tratamento estão a operar em condições de superlotação. Em várias localidades, os doentes têm sido atendidos em tendas ou até ao ar livre, evidenciando a gravidade da situação.
Segundo o Ministério da Saúde sudanês, desde Agosto de 2024, o país contabilizou mais de 49 mil casos de cólera, resultando em pelo menos 1.300 mortes. A situação foi descrita como catastrófica e exige uma intervenção não apenas no âmbito médico, mas também humanitário e diplomático.