Uma história de horror e dor abala o distrito de Dondo, na província de Sofala, onde uma menina de apenas 10 anos, identificada como Ana Manuel e carinhosamente conhecida como “Aninha”, foi encontrada assassinada e enterrada clandestinamente numa “machamba” (terreno cultivado).
O seu corpo foi descoberto sete dias após o desaparecimento, desencadeando um processo angustiante de exumações e reconhecimentos.
Aninha, que frequentava a quarta classe, foi vista pela última vez na tarde de 25 de Maio. Tinha saído de casa, onde vivia com os pais, na companhia da sua irmã mais nova, de apenas três anos. Algum tempo depois, a irmã mais nova regressou sozinha, sem saber do paradeiro de Aninha. Inicialmente, os pais não se alarmaram, pensando ser mais uma das “travessuras” da filha, que por vezes ia para a casa da avó sem avisar.
No dia seguinte, a ausência prolongada e o facto de Aninha não ter aparecido para ir à escola levantaram as primeiras preocupações. Os pais contactaram a avó, que, para surpresa de todos, confirmou não estar com a neta. Após tentativas de contacto com outros familiares sem sucesso, o alerta de desaparecimento foi finalmente lançado e a Polícia foi informada, iniciando-se as buscas.
As circunstâncias exactas do assassinato de Aninha ainda não foram esclarecidas pelas autoridades. Após a descoberta inicial do corpo na “machamba”, este foi exumado e enterrado pelas autoridades que, desconhecendo os seus familiares, procederam ao sepultamento.
No entanto, os pais de Aninha, que, entretanto souberam da descoberta, exigiram uma nova exumação. Após o reconhecimento, a menina foi finalmente sepultada pela terceira vez, num outro cemitério, na esperança de que o seu corpo possa, agora, sim, repousar em paz.