Desde sábado, as autoridades de Los Angeles realizaram aproximadamente 400 detenções no âmbito de protestos contra a política de imigração do governo do Presidente Donald Trump, conforme informou o departamento da polícia local.
A maioria das detenções ocorreu após manifestantes desobedecerem ordens para abandonar o local, desafiando as forças policiais.
Além das detenções, a polícia reportou agressões a agentes e a apreensão de uma arma de fogo durante os confrontos. Nove polícias sofreram ferimentos, a maioria deles considerados ligeiros.
Membros do executivo da região de Los Angeles realizaram uma reunião instando o presidente norte-americano a interromper as rusgas de imigração, que têm gerado um clima de medo nas comunidades e fomentado as manifestações. No entanto, até ao momento, Donald Trump não cedeu aos apelos das autoridades locais.
Cerca de 500 soldados da Guarda Nacional dos Estados Unidos foram destacados e preparados para apoiar as operações policiais nas ruas. A violência observada nas noites anteriores, acompanhada de actos de vandalismo e roubos, levou a presidente da câmara democrata, Karen Bass, a impor um recolher obrigatório na baixa de Los Angeles, entre as 20h00 e as 06h00.
Durante a madrugada, a polícia reportou que o centro da cidade esteve “tranquilo”, ao contrário do que se verificou nas noites anteriores. As manifestações começaram a alastrar-se por outras cidades do país, incluindo Dallas e Austin, no Texas, bem como Chicago e Nova York.
No Texas, a polícia recorreu a elementos químicos para dispersar centenas de manifestantes, enquanto o gabinete do governador republicano Greg Abbott anunciou que as tropas da Guarda Nacional estão prontas para intervir onde novas manifestações se façam sentir.
