Israel realizou um ataque à prisão de Evin, localizada em Teerã, onde são mantidos prisioneiros políticos e opositores ao regime iraniano.
O Escritório de Direitos Humanos da ONU condenou a acção, considerando-a uma “grave violação do direito humanitário internacional”. A agência afirmou que a prisão, por ser um local que abriga cidadãos sob condições de privação de liberdade, não deveria ser alvo de operações militares.
O porta-voz do Judiciário iraniano, Asghar Jahangir, declarou à televisão estatal que o ataque resultou em mortos e feridos, além de provocar danos significativos em diversas partes do complexo prisional. No entanto, ele não forneceu detalhes sobre o número exacto de vítimas, indicando que o balanço ainda estava em fase de apuração.
O ataque à prisão de Evin foi parte de uma série de bombardeios efectuados por Israel contra alvos relacionados ao regime do aiatolá Ali Khamenei. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, enfatizou a necessidade de utilizar “força sem precedentes” com o objectivo de desestabilizar o governo iraniano.
A prisão de Evin é amplamente conhecida e temida, sendo considerada a penitenciária mais infame do Irã. Desde a sua construção em 1972, durante o regime do xá Mohammad Reza Pahlevi, a instalação ganhou notoriedade por abrigar activistas, jornalistas, intelectuais e dissidentes que se opõem ao regime.