O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, procedeu à cerimónia de posse dos 43 secretários de Estado que irão integrar o XXV Governo Constitucional.
Esta apresentação ocorreu um dia após Luís Montenegro assumir a liderança do governo e após a nomeação dos 16 ministros.
Luís Montenegro, que lidera também o Partido Social-Democrata (PSD) e a Aliança Democrática (AD), coligação que venceu as eleições legislativas antecipadas de 18 de Maio, não obteve maioria absoluta.
A cerimónia decorreu no Palácio da Ajuda, em Lisboa, e revelou uma diminuição no número de mulheres no novo governo em comparação com a anterior administração, também sob a liderança de Montenegro. O novo executivo conta agora com um total de 60 governantes, incluindo o primeiro-ministro, dos quais 20 são mulheres, representando cerca de 33 por cento do total, em contraste com os 40 por cento do governo anterior.
A primeira reunião do novo Conselho de Ministros manteVE algumas das figuras centrais nas pastas de Negócios Estrangeiros, Defesa e Finanças. Paulo Rangel permanecerá à frente dos Negócios Estrangeiros, Nuno Melo continua na Defesa e Miranda Sarmento manterá o cargo nas Finanças. Leitão Amaro assume o Ministério da Presidência.
As mudanças incluem a substituição de Pedro Reis na Economia, cargo que será ocupado por Manuel Castro Almeida, que também assumirá a Coesão Territorial. Maria Lúcia Amaral, ex-Provedora de Justiça, substitui Margarida Blasco na Administração Interna.
No seu discurso na cerimónia de posse, Luís Montenegro enfatizou a “guerra à burocracia”, afirmando que criar riqueza é o único caminho viável para o país. O primeiro-ministro abordou ainda questões relacionadas com imigração e segurança, reiterando a necessidade de repatriamento dos imigrantes considerados “ilegais”.
Montenegro sublinhou a importância da confiança depositada no seu governo e a necessidade de uma abordagem construtiva na política nacional, invocando a responsabilidade de todos os envolvidos na continuidade da estabilidade política.
Marcelo Rebelo de Sousa, por sua vez, assinalou que a vitória da AD, embora significativa, não deve ser encarada como um “cheque em branco” para a actuação do novo governo.
Acompanhe as atualizações sobre a nova governação de Portugal e as suas implicações a nível nacional e internacional.