A distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza foi suspensa na sequência de vários episódios de caos e mortes registados junto aos postos de distribuição de comida da Fundação Humanitária para Gaza.
Esta suspensão temporária ocorre após o governo do Hamas, que controla o território, ter acusado Israel da morte de pelo menos 27 pessoas que aguardavam por alimentos no ponto de distribuição de ajuda em Rafah, nos últimos dias.
A Fundação Humanitária para Gaza, que conta com o apoio dos Estados Unidos e de Israel, apelou ao Exército israelita para aumentar a segurança dos palestinianos nas proximidades dos seus centros de distribuição, com o objectivo de poder reabrir os postos.
O exército israelita, por seu lado, nega responsabilidades pelas mortes, explicando que os seus soldados dispararam contra “suspeitos que avançaram em direcção às tropas” e que “não seguiram rotas designadas”. Contudo, as Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram a abertura de uma investigação ao caso.
A Organização das Nações Unidas (ONU) também exigiu uma investigação independente sobre os incidentes. É importante notar que, para chegarem aos centros de ajuda, os palestinianos são obrigados a atravessar áreas da Faixa de Gaza que estão identificadas como “zonas de combate” contra o Hamas, o que eleva significativamente os riscos.
Esta é a segunda vez, no espaço de uma semana, que a entrega de ajuda humanitária é interrompida por motivos de segurança. Esta interrupção surge num contexto em que a ajuda humanitária havia sido recentemente retomada após dois meses de bloqueio imposto por Israel.