A Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen (FELCC) da Bolívia, em colaboração com a Polícia Federal (PF) do Brasil e a Interpol, concretizou a detenção do narcotraficante brasileiro Marcos Roberto de Almeida, conhecido como “Tuta”.
O evento ocorreu em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, onde Tuta, líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), tentava renovar a sua permanência no país com documentação falsa, conforme noticiado pela imprensa brasileira.
A prisão de Tuta é considerada um marco significativo para as autoridades brasileiras, uma vez que ele é um dos criminosos mais procurados e perigosos do Brasil. Segundo Rafael Alcadipani, professor da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, a detenção representa um golpe importante para o PCC, dado o seu papel de liderança na organização. Alcadipani salientou a incerteza sobre a possibilidade de Tuta ser trazido de volta ao Brasil, uma vez que existem indícios de planos para o resgatar.
Adicionalmente, a questão do que Tuta poderá revelar sobre o envolvimento de autoridades e policiais com o crime levanta preocupações sobre a possibilidade de desarticular a facção.
Tuta integrava um grupo de quatro brasileiros com funções diplomáticas no Consulado de Moçambique em Belo Horizonte. Eles foram indiciados por suposto envolvimento em esquemas de suborno para evitar a extradição do traficante Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho, que foi detido a 14 de Abril de 2020, em Maputo.