O Governo da Índia anunciou a proibição imediata de todas as importações de produtos provenientes do Paquistão, intensificando as restrições comerciais entre os dois países vizinhos.
Esta decisão surge em meio a um agravamento das tensões entre as duas nações, após um atentado ocorrido em Abril que resultou na morte de 26 pessoas na Caxemira indiana.
A nova emenda à Política de Comércio Exterior da Índia estabelece que está proibida a “importação ou trânsito, directo ou indirecto, de todos os bens originários ou exportados do Paquistão”, com base em preocupações relacionadas à segurança nacional e à política pública. A notificação do Ministério do Comércio, publicada no mesmo dia, indica que esta proibição permanecerá em vigor “até novo aviso”.
A Directoria Geral de Comércio Exterior, responsável pela regulação do comércio exterior indiano, enfatizou que quaisquer excepções à proibição exigirão a aprovação explícita do governo, sublinhando a rigidez da nova medida.
Este endurecimento na postura indiana em relação ao Paquistão segue o ataque de 22 de Abril, atribuído a três homens, dos quais dois seriam paquistaneses. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, acusou directamente o país vizinho de “promover terrorismo transfronteiriço”, o que resultou em um aumento das tensões bilaterais.
A imprensa indiana, citando fontes oficiais, relatou que o governo está a trabalhar para reintegrar o Paquistão à lista cinza do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), uma entidade dedicada ao combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
A proibição comercial surge na sequência de outras medidas significativas implementadas nos dias seguintes ao ataque na Caxemira, que incluíram a suspensão do Tratado das Águas do Indo — um acordo crucial sobre o compartilhamento de recursos hídricos — a expulsão de diplomatas, a suspensão de vistos e o fechamento do espaço aéreo.