O movimento Hamas comunicou ter chegado a um entendimento com o enviado norte-americano, Steve Witkoff, que estabelece uma “estrutura geral que garantirá um cessar-fogo permanente” na Faixa de Gaza.
O grupo islamita manifestou a intenção de libertar 10 reféns, aguardando agora uma resposta por parte de Israel.
Em comunicado, o Hamas revelou que o acordo proposto contempla a soltura de 10 prisioneiros israelitas e de vários corpos, em troca da libertação de um número acordado de prisioneiros palestinianos, compromisso garantido pelos mediadores. O movimento expressou expectativa quanto à resposta israelita a esta proposta.
O acordo inclui a estipulação de um cessar-fogo permanente, a retirada total das forças israelitas da Faixa de Gaza, o fluxo contínuo de ajuda humanitária, além da criação de um comité profissional que assumirá o controlo dos assuntos da região logo após a oficialização do acordo.
Entretanto, há dois dias, um responsável israelita afirmou que os negociadores de Israel rejeitaram uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo em Gaza, que envolvia a libertação de 10 reféns vivos e a negociação para o fim das hostilidades. No entanto, indicaram que se focavam na “estrutura de Witkoff”.
A proposta foi apresentada pelo mediador palestiniano-americano, Bishara Bahbah, com a colaboração e aprovação do enviado norte-americano.
Uma delegação israelita chegou recentemente ao Cairo, no âmbito dos esforços egípcios para reactivar as negociações de cessar-fogo, conforme reportado por uma fonte de segurança egípcia à agência noticiosa espanhola EFE.
As negociações permanecem estagnadas, com o Hamas a exigir o fim definitivo da guerra como condição para a libertação dos reféns, enquanto autoridades israelitas afirmam que a soltura dos prisioneiros da Faixa de Gaza não resultará no término da sua ofensiva na região.
Actualmente, 58 reféns continuam detidos em Gaza, sendo que 20 deles ainda estão vivos, conforme indicado pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.