Um grupo de aproximadamente 3.000 manifestantes, em sua maioria oriundos da cidade, realizou uma marcha em Brasília, exigindo amnistia para os acusados de tentativa de golpe, numa mobilização liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Este evento marca a primeira manifestação desde o ataque às sedes dos três poderes, que ocorreu a 8 de Janeiro de 2023.
A marcha, que iniciou por volta das 15:30, foi marcada por gritos de ordem como “Amnistia já!”, ecoando ao longo da emblemática Esplanada dos Ministérios. Os participantes, vestidos de verde e amarelo e munidos de bandeiras do Brasil, bem como de Israel e dos Estados Unidos, mostraram uma forte demonstração de apoio ao ex-presidente, que se encontra inelegível até 2030 devido a uma decisão judicial.
Conduzidos por um trio eléctrico, os apoiantes de Bolsonaro ouviram músicas adaptadas que exaltavam o seu “mito”, intercaladas com discursos que evocavam um ambiente semelhante ao de um culto evangélico. O Pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e organizador do evento, afirmou que se tratava de uma “marcha pacífica”, reiterando a intenção de dar um novo fôlego a Bolsonaro para que ele possa concorrer às eleições brasileiras em 2026.
Os manifestantes desceram a famosa Esplanada dos Ministérios, mas não conseguiram avançar até à Praça dos Três Poderes, uma vez que um forte contingente policial bloqueava a entrada. Apesar da presença policial, a manifestação decorreu sem incidentes.
Durante a marcha, parlamentares e manifestantes repetiram slogans que têm caracterizado a oposição ao governo actual, como “Lula ladrão”, “a nossa bandeira jamais será vermelha” e “não ao comunismo”. Estes gritos refletem o descontentamento persistente de uma parte significativa da população brasileira em relação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.