Internacional Trump rejeita suspensão de tarifas comerciais apesar de pressões internacionais

Trump rejeita suspensão de tarifas comerciais apesar de pressões internacionais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou a sua decisão de manter inalteradas as tarifas comerciais recentemente implementadas, desconsiderando as reacções adversas provenientes de diversos países e a instabilidade nos mercados financeiros globais. 

Esta declaração ocorreu durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, onde Trump estava acompanhado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que se encontra em visita oficial a Washington.

Quando questionado sobre a possibilidade de uma pausa nas tarifas, o presidente norte-americano foi categórico: “Não estamos a considerar isso”. Trump frisou que o seu objectivo é estabelecer acordos comerciais que sejam “bons e justos” com as nações afectadas pelas novas medidas, anunciadas no dia 2 de Abril e que impactam mais de 100 países, incluindo Israel, que agora enfrenta uma taxa de 17% sobre suas exportações para os EUA.

O presidente fez questão de ressaltar que, embora alguns acordos futuros possam levar a ajustes nas tarifas, muitas delas deverão permanecer em vigor de forma permanente. “Podem existir tarifas permanentes e também podem ocorrer negociações. Vamos conseguir acordos justos com todos os países. Se não conseguirmos, não teremos nada a ver com eles”, afirmou Trump, evidenciando a sua postura firme em relação à política comercial americana.

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A situação é particularmente delicada para Israel, um aliado histórico dos Estados Unidos, que não recebeu tratamento diferenciado face às novas tarifas. Quando interpelado sobre a possibilidade de eliminar as taxas sobre os produtos israelenses, Trump respondeu de forma ambígua: “Talvez não, talvez não”.

Durante a conferência, Trump também mencionou o apoio financeiro que os Estados Unidos oferecem a Israel, destacando que o país recebe anualmente 4 mil milhões de dólares. “Isso é muito. Parabéns, a propósito. Mas damos a muitos países bilhões de dólares”, acrescentou o presidente.

Por sua parte, o primeiro-ministro Netanyahu comprometeu-se a trabalhar para reduzir o déficit comercial entre os dois países. “Vamos eliminar o déficit comercial com os Estados Unidos rapidamente. Achamos que é o certo a fazer e vamos também eliminar barreiras comerciais”, disse Netanyahu, sugerindo que a abordagem de Israel pode servir de modelo para outras nações.