O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, acusando-o de ser responsável por “começar” a guerra na Ucrânia.
Durante uma recente entrevista, Trump declarou que, além de Zelensky, tanto Vladimir Putin quanto o actual presidente dos EUA, Joe Biden, são culpados pela perda de “milhões de vidas” devido ao conflito.
“Não se pode iniciar uma guerra contra alguém que tem vinte vezes o teu tamanho e, em seguida, esperar que as pessoas te forneçam mísseis”, afirmou Trump, questionando a capacidade de liderança de Zelensky. O ex-presidente enfatizou que um líder deve estar ciente das probabilidades de vitória antes de iniciar um conflito.
Trump prosseguiu ao afirmar que a responsabilidade pela invasão da Ucrânia deve ser atribuída a três figuras principais: “Em primeiro lugar, Putin; depois, Biden, que não tinha a menor ideia do que fazia; e, em terceiro lugar, Zelensky.” Ele argumentou que tanto Biden quanto Zelensky poderiam ter agido para evitar a invasão. “Todos eles são culpados. Milhões de pessoas morreram por causa destas três pessoas”, insistiu Trump, acrescentando que, sob a sua administração, Putin nunca teria ousado invadir a Ucrânia, uma vez que ele, Trump, havia avisado o líder russo para não fazê-lo.
Em meio a estas declarações, Steve Witkoff, enviado especial de Trump, encontrou-se na última sexta-feira com Putin em Moscovo durante mais de cinco horas. Em uma entrevista à ‘Fox News’, Witkoff expressou optimismo sobre as negociações de paz em curso. “As conversas foram convincentes. Putin indicou que deseja uma paz permanente, não apenas um cessar-fogo”, explicou Witkoff. Ele referiu-se a discussões sobre os territórios ocupados, mas foi evasivo quanto às condições específicas exigidas por Putin para a paz, mencionando protocolos de segurança e a ausência da NATO.
Por outro lado, o Kremlin adoptou uma postura mais cautelosa em relação às negociações. Dmitry Peskov, porta-voz da Presidência russa, declarou que ainda não há uma “imagem clara” sobre o que pode resultar de um futuro acordo de paz. No entanto, ele destacou que existe uma “vontade política para avançar”, referindo-se aos contactos com os Estados Unidos como “construtivos e significativos”.