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Primeiros 100 dias de Trump marcam início de guerra comercial e instabilidade nos mercados

A ascensão de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, marcada por promessas de mudanças significativas nas políticas comerciais, desencadeou um abalo sem precedentes na economia global, no comércio mundial e nos mercados financeiros. 

Desde a sua tomada de posse, a 20 de Janeiro, Trump tem adoptado uma postura agressiva em relação às importações, prometendo impor “tarifas e impostos aos países estrangeiros”.

Imediatamente após prestar juramento no Capitólio, Trump anunciou que a aplicação de direitos aduaneiros seria “a única forma” de assegurar que os Estados Unidos fossem “tratados como devem”. “Começarei imediatamente a reformar o nosso sistema comercial para proteger as famílias e os trabalhadores americanos. Em vez de taxar os nossos cidadãos para enriquecer outros países, vamos impor tarifas e impostos aos países estrangeiros para enriquecer os nossos cidadãos”, declarou Trump durante o seu discurso de inauguração.

As primeiras medidas concretas visaram produtos do México e do Canadá, com a imposição de tarifas de 25%. No entanto, rapidamente se tornou evidente que a lista de países-alvo se alargaria, incluindo nações como a China, a Rússia e a União Europeia. O impacto destas decisões foi imediato, gerando ondas de choque nos mercados financeiros e provocando retaliações dos parceiros comerciais, reflectindo um cenário de crescente tensão e um iminente conflito comercial.

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A apenas três dias após a sua tomada de posse, durante o Fórum Económico Mundial em Davos, o presidente reafirmou a sua estratégia. “A minha mensagem para todas as empresas do mundo é simples: venham fabricar os vossos produtos na América e beneficiarão de alguns dos impostos mais baixos do mundo. Mas se não os fabricarem nos Estados Unidos, o que é um direito vosso, então, muito simplesmente, terão de pagar direitos aduaneiros”, afirmou.

As repercussões das políticas de Trump não se limitaram apenas aos Estados Unidos; o comércio global e as relações económicas entre países começaram a ser profundamente afectados. A incerteza gerada pela guerra comercial iminente aumentou a volatilidade nos mercados financeiros, com investidores a monitorizar atentamente as novas directrizes comerciais e as suas consequências para a economia mundial.