Israel anunciou o alargamento das suas operações militares na Faixa de Gaza, com o intuito de ocupar uma “vasta área” do território palestiniano. Esta decisão marca uma nova escalada no conflito, que já resultou na morte de mais de 50 mil pessoas.
Segundo o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, a operação tem como foco a “eliminação de militantes e infraestruturas terroristas”. O responsável também informou que será realizada uma retirada da população civil de “todas as zonas onde se registam combates”.
O território conquistado será integrado nas chamadas ‘zonas de segurança’ criadas por Israel ao longo da sua fronteira, embora não tenha especificado se a ocupação será temporária ou definitiva.
Katz fez um apelo à população palestiniana, instando-a a “se livrar do Hamas” e a libertar os reféns israelitas, defendendo que esta é a única forma de parar a ofensiva militar em curso.
Nas últimas horas, a violência intensificou-se, com pelo menos 60 mortes registadas em ataques israelitas em Gaza, incluindo 19 vítimas de um bombardeio que atingiu uma antiga clínica da ONU, utilizada para albergar refugiados.
Adicionalmente, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está programado para iniciar uma visita oficial à Hungria na quinta-feira, o que representa um claro desafio ao Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu um mandado de detenção contra ele por crimes de guerra. Enquanto membro do TPI, a Hungria tem a obrigação legal de deter Netanyahu ao seu desembarque no país; no entanto, o governo de Viktor Orbán já anunciou que ignorará o mandado.