Três cidadãos americanos condenados à morte por um tribunal militar na República Democrática do Congo (RDC) chegaram recentemente à custódia dos Estados Unidos.
A decisão de repatriação ocorre após a sua condenação, em Setembro de 2024, por uma tentativa de golpe que visava o governo do presidente Félix Tshisekedi.
Entre os condenados está Marcel Malanga, de apenas 21 anos, filho do proeminente líder da oposição, Christian Malanga, que liderou a tentativa frustrada de insurreição, a qual teve como alvo o palácio presidencial em Kinshasa. O seu pai, Christian Malanga, que transmitia os acontecimentos ao vivo do palácio durante o ataque, foi posteriormente morto pelas autoridades congolesas enquanto tentava resistir à prisão. Marcel afirmou que foi coagido pelo pai a participar no movimento golpista.
Além de Malanga, foram repatriados Tyler Thompson Jr., também de 21 anos, amigo de Marcel, que viajou do Utah para a África acreditando que se tratava de férias, e Benjamin Reuben Zalman-Polun, de 36 anos, que teria conhecido Christian Malanga através de uma empresa de mineração de ouro.
A repatriação dos três americanos ocorre num contexto de negociações em curso entre as autoridades congolesas e os Estados Unidos, onde se discute um acordo sobre minerais em troca de apoio militar na luta contra a insurgência de grupos rebeldes no leste da RDC.
Desde o início deste ano, as forças armadas congolesas têm enfrentado uma crescente ofensiva do grupo rebelde M23, que é acusado de receber apoio do governo do Ruanda, nas províncias do Kivu do Norte e do Sul.