O Serviço de Investigação Criminal (SERNIC) emitiu um comunicado na segunda-feira, rejeitando as acusações que o ligam a uma série de mortes ocorridas em bairros de várias cidades, supostamente associadas a manifestações pós-eleitorais.
As alegações incluem raptos e assassinatos de jovens envolvidos nos protestos, levantando preocupações sobre a actuação das forças de segurança.
Boaventura Bila, porta-voz do SERNIC, esclareceu que a instituição leva a sério as denúncias e que investiga qualquer comportamento suspeito dos seus agentes. “Sempre que nos acontecem esses casos, vamos ao nosso sistema de controlo pessoal e investigamos quem é esse agente, para podermos tomar medidas. Mas em todos os sítios onde fazemos isso, não constatámos nenhum agente nosso”, garantiu Bila, sublinhando o compromisso do SERNIC em agir de forma transparente e responsável.
As manifestações, que irromperam em diversas cidades moçambicanas, foram motivadas por insatisfações relacionadas com o resultado das recentes eleições. A escalada da violência nos bairros, associada a estas agitações, tem gerado um clima de apreensão entre a população. As autoridades apelam à calma e à confiança nas instituições, enquanto continuam a monitorizar a situação.