O recém-empossado Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique, Joaquim Adriano Sive, reconheceu, na sua primeira intervenção após a tomada de posse, que a actuação da polícia em algumas situações durante os recentes protestos pós-eleitorais não esteve à altura das expectativas.
“Se houve questões quanto a isso, parece-me que em alguns casos não estivemos muito bem. O nosso trabalho, a partir de agora, será melhorar a nossa actuação e ter uma abordagem de qualidade em relação à nossa população”, afirmou Sive, sublinhando a importância de uma relação de confiança entre a corporação e os cidadãos.
O novo comandante destacou ainda que a recuperação da confiança da população é essencial, uma vez que esta foi significativamente afectada durante as manifestações. “Se não tivermos o conforto, o apoio e o suporte da população, pouco ou nada conseguiremos fazer”, reconheceu, alertando para a necessidade de um diálogo aberto e construtivo com a sociedade.
No que diz respeito ao combate à criminalidade, Joaquim Sive enfatizou a urgência em eliminar casos de rapto, um dos crimes que mais preocupam os cidadãos. Para isso, defendeu uma maior capacidade das instituições em lidar com a criminalidade, assegurando que o seu mandato será pautado por esforços contínuos para garantir a segurança e o bem-estar da população moçambicana.