O Presidente Nicolás Maduro confirmou na quarta-feira, a detenção de mais de 150 cidadãos de 25 nacionalidades diferentes, acusados pelas autoridades venezuelanas de estarem envolvidos em planos para desestabilizar o país.
A declaração foi feita durante um evento no Teatro Teresa Carreño, onde apresentou as memórias e contas referentes a 2024, um momento conhecido como Mensagem Anual à Nação.
“Temos de mostrar, explicar, como derrotámos a infiltração mercenária que tentou (…) mais de 150 mercenários de 25 nacionalidades foram capturados, acusados e praticamente todos eles confessaram. Estão nas mãos do Ministério Público, da Justiça, e estão a colaborar activamente”, declarou Maduro, segundo informações da agência Lusa.
O líder venezuelano não especificou quais as nacionalidades dos detidos, mas salientou que estes teriam como objectivo “encher de bombas, ataques, os serviços públicos fundamentais” do país. Maduro chegou a fazer uma comparação inusitada, afirmando que os detidos “estão a cantar mais do que Pavarotti”, em alusão às suas supostas confissões.
Esta revelação ocorre em um contexto de tensões políticas e sociais na Venezuela, onde o governo tem enfrentado críticas constantes sobre a sua gestão, bem como alegações de violações dos direitos humanos. A situação económica e a falta de serviços básicos têm contribuído para um clima de instabilidade, que o governo atribui a acções externas e tentativas de golpe.