O presidente do Partido Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Albino Forquilha, declarou que vai usar todas as vias políticas, diplomáticas e judiciais — a nível nacional e internacional — para contestar o que considera “fraude eleitoral” nas eleições de Outubro.
Ainda assim, Forquilha afirmou que os deputados eleitos pelo seu partido tomarão posse na próxima legislatura.
Durante uma conferência de imprensa, Forquilha criticou o Conselho Constitucional, alegando que a instituição tinha “todos os meios para trazer a verdade eleitoral”, mas optou por validar e proclamar resultados que, no seu entender, não correspondem à vontade popular. “Continuamos convencidos de que estas eleições foram ganhas pelo PODEMOS e por Venâncio Mondlane de forma legítima”, referiu, acrescentando que, caso não se faça justiça agora, espera-se que, pelo menos, não se repitam problemas em futuros sufrágios.
O líder do PODEMOS reforçou que “os deputados eleitos pelo povo” devem seguir com a sua vida política, pois, na sua perspectiva, não há justificação para impedi-los de assumir os respectivos mandatos. Forquilha recordou também o direito de manifestação, frisando que o partido não apoia qualquer tipo de violência ou vandalismo de propriedades, nem bloqueios de vias públicas que prejudiquem a mobilidade dos cidadãos.
Sobre a celebração do Natal, Albino Forquilha considerou que a data deve ser respeitada no contexto religioso de cada pessoa, mesmo num período de tensão. “Cada cristão celebra onde e como puder, seja em casa ou noutro lugar, mas não deve deixar de rezar, pois isso faz parte da fé”, salientou.
De acordo com os resultados proclamados pelo Conselho Constitucional, o PODEMOS assume o segundo lugar mais votado, ocupando assim a liderança da oposição em Moçambique.