A Associação dos Médicos de Moçambique está a realizar uma marcha ao longo da Avenida Eduardo Mondlane, na capital do país, em resposta ao alarmante aumento de mortes e feridos decorrentes das manifestações que se seguiram às eleições recentes.
O protesto, que reúne profissionais de saúde e cidadãos preocupados, visa chamar a atenção para a grave situação de violência que afeta a população.
Durante a marcha, o presidente honorário da associação, Milton Tatia, fez declarações contundentes, sublinhando que “há pessoas a morrer diariamente devido aos confrontos”. Tatia apelou a um cessar-fogo imediato e à necessidade urgente de um diálogo pacífico para resolver as tensões que afligem o país.
Os médicos, que desempenham um papel crucial na prestação de cuidados de saúde, mostraram-se preocupados com as implicações da violência na saúde pública e na integridade física dos cidadãos.
A manifestação reflete o descontentamento da classe médica face ao cenário de insegurança e à fragilidade do sistema de saúde em Moçambique.
As autoridades locais ainda não se pronunciaram sobre a marcha, mas a população espera que a ação dos médicos traga visibilidade à crise actual e promova a paz e a reconciliação no país.
A Associação dos Médicos de Moçambique reafirma o seu compromisso em lutar pela vida e pela dignidade de todos os cidadãos moçambicanos, afirmando que a violência não pode ser a resposta em tempos de divergências políticas.