Internacional Ex-banqueiro angolano Álvaro Sobrinho será julgado em Portugal por lavagem de capitais

Ex-banqueiro angolano Álvaro Sobrinho será julgado em Portugal por lavagem de capitais

O antigo banqueiro angolano Álvaro Sobrinho será julgado a partir de 29 de Abril pela justiça portuguesa, no âmbito do caso do Banco Espírito Santo (BES). 

O julgamento acontece em conjunto com Ricardo Salgado, o ex-presidente da instituição financeira.

Álvaro Sobrinho, que ocupou a presidência do Banco Espírito Santo Angola (BESA), enfrenta graves acusações que incluem 18 crimes de abuso de confiança e cinco de lavagem de capitais, relacionados com práticas ilícitas que ocorreram entre 2007 e Julho de 2014.

Segundo o Ministério Público, o banqueiro apropriou-se de centenas de milhões de euros durante o seu tempo à frente da instituição.

A notícia foi divulgada pela estação televisiva SIC, que também reportou uma declaração de Sobrinho, confirmando a sua presença no julgamento. “Há 14 anos que vou sempre. Nunca faltei a nenhuma notificação junto da justiça portuguesa, mesmo estando no estrangeiro. Se houver necessidade, eu irei, mas para ir tenho de ter um motivo e ser notificado. Nunca fui notificado para ir a Portugal.

Criaram a percepção de que estou fugido e eu não estou fugido de lado nenhum. Não há julgamento marcado”, declarou Sobrinho, que ressaltou ter renovado sempre o seu Bilhete de Identidade em Portugal, apesar de não ser cidadão português.

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A acusação do Ministério Público detalha que, além das quantias movimentadas de forma indevida das contas do BESA domiciliadas no BES em Lisboa, Sobrinho usou a liquidez dessas contas para custear despesas pessoais, adquirir bens e financiar directamente actividades de outras sociedades que lhe pertenciam. É referido que Álvaro Sobrinho beneficiou ilegalmente de mais de 9 milhões de euros do BESA.

No mesmo processo judicial, Ricardo Salgado enfrenta acusações de cinco crimes de abuso de confiança e um de burla, somando-se a um dos mais relevantes casos de corrupção que marcam a história recente do sistema financeiro português.