O ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo Manrique, foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão em regime fechado, numa decisão proferida pelo Segundo Tribunal Penal Colegiado Nacional.
A condenação, anunciada na segunda-feira, resulta das acusações de recebimento de propina no valor de 20 milhões de dólares (mais de 113 milhões de reais) da empreiteira brasileira Odebrecht, no contexto da construção da Rodovia Interoceânica.
Embora a pena tenha sido determinada, a leitura integral da sentença está agendada para o próximo dia 31 de Outubro, conforme informações divulgadas pelo tribunal através da rede social X (anteriormente conhecida como Twitter). A sessão judicial foi presidida pela juíza Zaida Pérez, que liderou o processo que culminou nesta decisão significativa.
Alejandro Toledo, que ocupou o cargo de presidente do Peru entre 2001 e 2006, havia fugido para os Estados Unidos após deixar o poder, mas foi extraditado para o seu país natal em Abril do ano passado.
O ex-presidente já tinha sido detido em 2019 nos Estados Unidos, em face das investigações relacionadas ao escândalo de corrupção que envolveu a Odebrecht e diversas figuras políticas na América Latina.
A condenação de Toledo vem acentuar a luta do Peru contra a corrupção, um problema endémico que tem afectado a política do país nas últimas décadas. A sociedade peruana aguarda com expectativa a leitura da sentença integral, que poderá trazer novos desdobramentos para este caso emblemático.