Um tribunal venezuelano, especializado em crimes relacionados com terrorismo, emitiu um mandado de prisão para Edmundo González Urrutia, líder da oposição e candidato presidencial nas últimas eleições.
A decisão foi tomada após o Ministério Público ter solicitado a ordem de detenção devido à ausência de González Urrutia em três convocatórias para prestar declarações no âmbito de uma investigação sobre alegações de fraude nas eleições presidenciais.
O Presidente Nicolás Maduro acusou González Urrutia de tentar “colocar-se acima da lei”, e o tribunal agiu rapidamente, emitindo o mandado de prisão menos de uma hora após o pedido do Ministério Público.
A ordem de detenção foi divulgada pelo Ministério Público através da rede social Instagram, onde se especifica que, após a captura, González Urrutia “deve ser imediatamente colocado à disposição” do Ministério Público. Este, por sua vez, terá 48 horas para apresentar o detido perante o tribunal para a realização de uma “audiência oral na presença das partes, onde se decidirá o que for conveniente”.
O Estado venezuelano acusa o ex-candidato presidencial de vários crimes, incluindo “usurpação de funções”, “falsificação de documentos públicos”, “instigação à desobediência das leis”, “conspiração”, “sabotagem de danos no sistema” e “associação para cometer crimes”. Estes graves delitos são os que fundamentam a ordem de detenção contra González Urrutia, que agora enfrenta uma possível prisão enquanto o processo judicial avança.