Pelo menos 40 adolescentes foram libertos na Venezuela, após terem sido detidos durante protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro nas eleições de 28 de Julho.
A informação foi divulgada pela organização não-governamental Fórum Penal, que tem acompanhado de perto as detenções realizadas pelo regime de Maduro.
Os jovens, que participavam das manifestações, foram presos pelas forças policiais que reprimiam os protestos. Com a libertação destes 40 adolescentes, o número total de manifestantes libertados pelo governo venezuelano subiu para 56. Os restantes 16 manifestantes foram libertos dois dias antes, a 29 de Agosto, mas sob a condição de se apresentarem à Justiça a cada oito dias.
O advogado Alfredo Romero, da Fórum Penal, confirmou a libertação dos adolescentes, afirmando: “Pelo menos 40 adolescentes foram libertos.” Gonzalo Himiob, director da ONG, acrescentou que as libertações ocorreram em diversas regiões do país, incluindo Mérida, Táchira, Lara, Portuguesa, Yaracuy, Bolívar e Amazonas, e foram concedidas sob medidas cautelares.
Os protestos contra os resultados eleitorais têm resultado em repressão severa. Segundo dados da Fórum Penal, 114 adolescentes foram presos e acusados de crimes graves, como terrorismo ou traição à pátria.
María Corino, líder da oposição, manifestou-se de forma contundente sobre o caso, criticando a detenção de menores, alguns com apenas 13 ou 14 anos, levados para prisões onde estão detidos criminosos comuns.
Para Corino, o tratamento dado aos adolescentes é brutal e inaceitável.
